Diagnóstico fisioterapêutico

Segundo a Resolução COFFITO 80/87, é compreendido como a análise dos desvios físico-funcionais intercorrentes pelo fisioterapeuta, com a finalidade de MEDIR o que se afastar dos parâmetros de normalidade. Sua ausência em anamnese é infração à Resolução COFFITO 414/12, art. 1-§1-V, além descaracterizar a intenção do profissional de planejar o tratamento, o que compreende desde a prescrição dos recursos terapêuticos a utilizar até o quantitativo PROVÁVEL de sessões a executar em prol de determinado(s) objetivo(s), o que também faz parte da norma ora referenciada. Não obstante à relevância clínica, a ausência de seu registro corresponder ao descumprimento de dever profissional previsto no art. 14-V da Resolução COFFITO 424/13.


O diagnóstico se inicia com a formulação de uma pergunta sobre a queixa principal do paciente, exame e avaliação, seguido do prognóstico, ou seja, a determinação do progresso possível de ser atingido pelo paciente e o tempo estimado de duração do plano terapêutico, que corresponde à intervenção qualificada por métodos e técnicas próprios. Então, ao término de cada período de tratamento é possível o profissional verificar a eficácia e a eficiência dos recursos terapêuticos utilizados, ou seja, se o resultado desejado foi alcançado e se a reabilitação poderia ser mais célere, respectivamente.
A semiologia é a área que estuda as significações de sinais e sintomas das doenças humanas por métodos e técnicas próprios de cada especialidade profissional. Sintomas são todas as informações subjetivamente descritas pelo paciente, sinais, as alterações OBJETIVAS passíveis de serem percebidas pelo examinador, e a junção de ambos caracteriza um problema de saúde específico. Na Fisioterapia não há uma classificação padronizada como a CID-10 e a CIF é sugerida para preencher essa lacuna. 


Dessa forma, resta claro que restaurar, desenvolver ou conservar a capacidade física do paciente é, ou deveria ser, necessariamente, um processo orientado para promoção de resultados com a maior precisão possível. Será que é isso que acontece na sua prática clínica? Ou "cada caso é um caso" é o melhor que se tem a dizer na ausência de referenciais de predição terapêutica? Sistematizar a abordagem para o tratamento constitui meio hábil para produzir dados que levem a Fisioterapia a identificar como, em quem, quando e onde aplicar os métodos e técnicas à disposição para restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente.

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